9.17.2018

Jesus e uma Disputa de Herança

O Perigo da Avareza (Lucas 12:13-34)  

"Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança" (Lucas 12:13). Um certo homem fez este pedido incomum quando Jesus estava ensinando uma multidão. Ninguém sabe quem ele era, mas evidentemente ele pensava que seu irmão estava enganando-o na partilha da propriedade da família e queria que Jesus interviesse para resolver o assunto. Jesus recusou-se, mas no processo ele explicou a relação do homem com as posses e revelou os princípios que governam a atitude cristã para com o dinheiro.

Uma pergunta

Quando o homem pediu a Jesus que arbitrasse a disputa da herança, ele se recusou, fazendo a pergunta: "Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós?" (Lucas 12:14). Ele estava simplesmente dizendo que não era seu propósito acertar querelas de propriedade. É certo que o homem tinha entendido mal a meta da missão de Jesus. O Senhor poderia ter deixado isso assim, mas não o fez.

Uma advertência

Jesus acrescentou uma advertência: "Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui" (Lucas 12:15). Que declaração forte! "Tende cuidado" ‒ mas o Senhor não ficou numa única declaração de perigo; ele acrescentou outra ‒ "guardai-vos". E qual era o perigo contra o qual ele estava advertindo tão duramente? Avareza. Ela é o assunto de muitas advertências bíblicas (Marcos 7:22; Romanos 1:29; I Coríntios 5:10-11; 6:9-11; Efésios 5:3, 5; Colossenses 3:5; I Timóteo 6:10; II Pedro 2:14). Um pecado sobre o qual as Escrituras advertem tão freqüentemente tem que ser muito espalhado. Será que somos cegos a este erro em nossas próprias vidas? A avareza é um desejo desordenado por coisas. Vemos e queremos. Coisas materiais tornam-se mais importantes para nós do que o Senhor, motivo pelo qual a avareza é chamada idolatria (Efésios 5:5; Colossenses 3:5). Daí a cobiça leva a outros pecados.

Compramos coisas que não podemos pagar. Logo, devemos tanto dinheiro que não podemos pagar nossas dívidas. Provérbios 22:7 adverte que quem pede emprestado se torna um escravo do emprestador. O crédito fácil é um tirano. Como o peixe que abocanha a isca do anzol, somos atraídos por coisas materiais e pela nossa obsessão de tê-las agora mesmo. Não podemos pagá-las, mas não importa. Apenas cinco pagamentos facilitados, ou um cartão de plástico. Mas a satisfação instantânea tem seu preço, e é alto. A raiz do problema: a avareza ‒ queremos o que queremos, e faremos coisas erradas para conseguir.

Permitimos que nosso emprego interfira com o serviço a Deus. Tornamo-nos tão devotados à nossa carreira e a ganhar mais e mais dinheiro que não temos tempo para ensinar, estudar, orar ou adorar. Deus nos manda trabalhar (2 Tessalonicenses 3:10), mas ele não quer que façamos de nosso trabalho um ídolo. Ele não quer que esposas negligenciem sua responsabilidade principal de dirigir o lar (Tito 2:5; I Timóteo 5:14) para se devotarem a uma carreira. A raiz do problema: avareza ‒ queremos o que queremos ‒ e faremos um deus de nosso trabalho para conseguir.

Murmuramos e nos queixamos a respeito do que não temos. "Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as cousas que tendes" (Hebreus 13:5). É fácil olhar em volta e ver nossos vizinhos e colegas com mais do que temos e então sentir-se privado. Sentimos que ficaríamos contentes se tivéssemos apenas mais uma quinquilharia, mas quando a conseguirmos, logo desejaremos mais alguma coisa. O problema é nossa atitude, não nossa posição financeira. "Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda" (Eclesiastes 5:10). Se não estamos contentes com o que temos agora, não ficaremos contentes com coisa nenhuma. A raiz do problema: avareza ‒ queremos o que queremos ‒ e nos sentimos despojados se não conseguimos.

Jesus simplesmente disse: "... a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui" (Lucas 12:15). Coisas materiais não são tudo o que a vida é. Nada realmente valioso, desejável ou duradouro pode ser comprado. O Senhor poderia ter parado aqui, porém não o fez.

Uma parábola

Jesus acrescentou uma parábola. Ele falou de um homem que era tão próspero que resolveu demolir seus celeiros e construir outros maiores para armazenar suas colheitas. Então ele disse lá consigo mesmo: "Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bem para muitos anos; descansa, come, bebe, e regala-te" (Lucas 12:19). Mas Deus replicou: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" (Lucas 12:20). Este homem tinha três problemas principais: 1. Era egoísta. Ele estava pensando em seu próprio conforto e segurança e esquecia a fonte de sua prosperidade. 2. Via só o que estava perto. Riquezas dão ilusão de segurança, mas no dia do julgamento a riqueza não faz diferença ‒ absolutamente nenhuma (veja Provérbios 11:4). Não há bolsos nas vestes de luto. 3. Tinha uma meta errada. Jesus concluiu a parábola com estas palavras: "Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus"(Lucas 12:21).

E quanto a nós? Entesouramos nossas posses de um modo egoísta e de visão curta? Ou somos generosos? Damos bondosamente ou nossa contribuição é diminuída pela cobiça (2 Coríntios 9:5-6)? Os cristãos deveriam sacrificar prontamente a prosperidade material para servir o Senhor e para ajudar a outros. Jesus poderia ter parado aqui, porém não o fez.

Um sermão

Jesus acrescentou um sermão (Lucas 12:22-34). Ele pregou sobre a preocupação, mandando que jamais nos preocupássemos com as coisas materiais. E deu razões ponderáveis. Ele disse que, desde que Deus já nos deu nossa vida e nosso corpo, certamente podemos confiar nele para nosso alimento e roupa. Ele salientou que Deus cuida dos corvos e dos lírios e que somos muito mais valiosos do que eles. Ele insistiu em que a preocupação é inútil, uma vez que não podemos fazer-nos um dia mais velhos, nem um centímetro mais altos. Finalmente, lembrou-nos que a preocupação é característica dos gentios, que não têm relação com um Pai celestial que cuide deles. Preocupação com coisas materiais revela falta de confiança em Deus e um desejo exagerado de posses materiais.

O Senhor pregou sobre prioridades. Ele disse: "Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas cousas vos serão acrescentadas" (Lucas 12:31). Muitos colocam as bênçãos materiais acima das espirituais. Jesus advertiu sobre a preocupação do mundo e engano das riquezas que afogam a palavra em nosso coração para que não dê nenhum fruto (Mateus 13:22). Gradualmente o diabo muda nossa atenção do Senhor para nós mesmos e do céu para esta vida. Há igrejas que pregam mais a respeito da prosperidade material e menos sobre as riquezas eternas, e cristãos que gastam mais tempo e esforço assegurando sua própria prosperidade do que promovendo a obra do Senhor.

Ele pregou sobre a generosidade"Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inestinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome" (Lucas 12:33). Os cristãos primitivos às vezes vendiam propriedade para ajudar os irmãos necessitados. Em vez de armazenarmos nossas posses, precisamos ver-nos como administradores de tudo o que possuímos e usar estas bênçãos para o Senhor e para seu povo. Paulo advertiu-nos que fôssemos generosos, misericordiosos e prontos a partilhar (1 Timóteo 6:17-19).

Jesus pregou sobre o coração"Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Lucas 12:34). Podemos ficar rapidamente ligados a esta vida, porque quando nosso trabalho e atenção se concentram aqui, nosso coração logo seguirá. Conta-se a história de uma carcaça de animal descendo flutuando num rio norte-americano, num frígido dia de inverno. Um abutre viu o corpo, precipitou-se sobre ele e começou a comer vorazmente. À distância, o abutre viu uma perigosa cachoeira, mas sabia que havia muito tempo para comer. Depois de um longo tempo, o abutre levantou os olhos; a cachoeira estava se aproximando rapidamente. Mas, louco de apetite, o abutre continuou comendo, acreditando que teria tempo para engolir mais alguns pedaços. Finalmente, no último momento possível, quando a carcaça estava na borda da queda de água, o abutre abriu as asas e tentou levantar vôo. Mas não conseguiu. Suas garras estavam congeladas no corpo do animal e ele mergulhou para a morte. Seremos como o abutre, continuamente nos devotando a esta vida, crendo vaidosamente que, quando for necessário, poderemos separar-nos e seguir o chamado do Senhor? Perceberemos muito tarde que nós também ficamos presos. Onde quer que nosso tesouro esteja, nosso coração certamente o seguirá.

A um simples pedido de um homem por arbitragem numa disputa de herança, Jesus respondeu com uma pergunta, uma advertência, uma parábola e um sermão. Que possamos ouvir e ficarmos avisados.

- por Gary Fisher

 



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8.15.2018

PECADORES NA IGREJA


"Por que permitistes que Satanás encheste o teu coração?
Atos 5.3

"Há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele detesta: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que traça planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que espalha mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos". 
Provérbios 6:16-19

"Ai daqueles que planejam maldade, dos que tramam o mal em suas camas! Quando alvorece, eles o executam, porque isso eles podem fazer. Cobiçam terrenos e se apoderam deles; cobiçam casas e as tomam. Fazem violência ao homem e à sua família, a ele e aos seus herdeiros. Portanto, assim diz o Senhor: "Estou planejando contra essa gente uma desgraça, da qual vocês não poderão salvar-se. Vocês já não vão andar com arrogância, pois será tempo de desgraça".
Miquéias 2:1-3                                      

O QUE FAZER?

A igreja do Senhor é composta de pessoas chamadas para deixar o pecado e sair definitivamente do império das trevas (Colossenses 1:13). O desejo de todo discípulo deve ser de manter a santificação – a separação da iniqüidade – para imitar e honrar o Mestre que o resgatou. As pessoas que fazem parte da igreja de Deus foram chamadas "para serem santas" (1 Coríntios 1:2). O Senhor que nos chamou disse: "Sede santos, porque eu sou santo" (1 Pedro 1:16).

Embora a santificação e perfeição sejam nossos alvos, ainda erramos. Deus faz tudo para nos ajudar nas batalhas contra a tentação (Romanos 8:31-39) e sempre oferece uma saída das ciladas do Adversário (1 Coríntios 10:13). Mesmo assim, falhamos. O apóstolo João escreveu aos cristãos quando disse: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós" (1 João 1:8).

Sabemos que não somos perfeitos. Eu faço coisas que não devo e deixo de fazer coisas que devo. Sei que os meus irmãos, também, erram. Reconhecendo esses fatos tristes, entendemos que há pecado na igreja.

Ao invés de nos conformar à realidade lamentável de pecado na igreja, devemos buscar e seguir as instruções bíblicas para purificá-la. "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem (Hebreus 12:14-15). Uma igreja que respeita a vontade de Deus não pode se entregar à impureza. Deve agir agressivamente para ser pura e livre do pecado. Como? O que os fiéis devem fazer?

Uma igreja não deve ignorar nem tolerar o pecado (Apocalipse 2:12-17). A principal queixa de Jesus contra a igreja de Pérgamo foi a sua tolerância. Talvez exageraram no ensinamento de não julgar (pervertendo o sentido de Mateus 7:1-5) a ponto de ignorar a necessidade de discernir entre o bom e o mau (1 Tessalonicenses 5:21-22; Provérbios 24:23-25). É triste ver muitas igrejas hoje cheias de pecado por falta de amor – amor de Deus e amor ao próximo. As instruções de Deus a Ezequiel mostram a importância da correção dos pecadores (Ezequiel 3:16-21).

Quando sabemos de pecado na vida de um irmão, devemos agir. Os espirituais devem corrigi-lo com brandura (Gálatas 6:1). Também sofremos com as fraquezas humanas, e devemos ser compreensivos na abordagem do pecador. Mas a nossa compreensão não justifica o pecado, e não deve se tornar tolerância ou aprovação. Ajamos com brandura, mas corrijamos!
O ensinamento de Paulo reforça as instruções de Jesus. Quando um irmão volta ao pecado e recusa se arrepender, os discípulos não devem se associar com o ele (1 Coríntios 5:1-13). A linguagem de Paulo – especialmente seu uso da palavra "expulsar" – é tão forte que muitos procuram palavras mais suaves para diminuir o impacto deste ensinamento. Observamos neste capítulo vários pontos importantes:

● O problema: Tolerância do pecado (e do pecador) na congregação (5:1-2).
● A ação exigida: Entregá-lo a Sátanas (5:5). O pecador queria ficar com um pé no reino de Cristo e outro no império das trevas. Paulo mandou colocar os dois pés no reino do diabo, para que o irmão aprendesse a futilidade da vida no pecado.
● Os propósitos: 1. A salvação do pecador (5:5); 2. A pureza da igreja (5:6-8); 3. A obediência a Deus numa igreja pura e fiel (5:4,8).
● A aplicação prática: Evitar o envolvimento social com o pecador: "...não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro...; com esse tal, nem ainda comais" (5:11). Em palavras ainda mais fortes, Paulo diz: "Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor" (5:13).

Em Lucas 17:3-4 lemos:
"Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe."

Mateus 18:15-17 diz:
"Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano."

Ou, como Paulo diz: "Tirai o". Pois fazendo isso, você tem mais uma chance para fazê-lo se arrepender. Mas ao o aceitar você está dizendo a ele "não tem problema. Nós não nos importamos com você o suficiente de qualquer jeito! Faça o que quiser!" Deus julga o exterior. Estamos julgando o interior. "Não julgais vós os que estão dentro?" (1 Coríntios 5:12) diz a Palavra.

E em 2 Tessalonicenses 3:14-15:
"Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão."

Deus não deseja a rejeição, mas o arrependimento da pessoa que pecou. Agora, para o arrependimento ocorrer, a repreensão é necessária e se a pessoa não ouvir ninguém , então ela deve ser tirada, observada e evitada. No entanto, ela ainda deve ser informada para que ela possa retornar. Os portões devem estar sempre abertos se a pessoa se arrepender. Deus não deseja que a pessoa permaneça em seu estado atual. Ele quer que ela se arrependa!

Dennis Allan



7.20.2018

POR QUE AS PESSOAS REJEITAM POSTS CRISTÃOS NAS REDES SOCIAIS?


“… o deus deste século [ou deus desse mundo] cegou o entendimento dos incrédulos [dos que se perdem] para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4).

Os versículos acima nos falam da cegueira espiritual, a cegueira da mente, ou incapacidade de ver as coisas espirituais.

A cegueira espiritual é muito mais predominante do que a física. Só alguns poucos habitantes da terra são fisicamente cegos, enquanto que cada homem, em seu estado natural, é cego ao Evangelho de Cristo e as outras verdades espirituais. Charles Spurgeon disse que todos nós, em nosso estado natural, somos tão cegos às verdades divinas quanto morcegos. Paulo disse em Rom. 3:11. “Não há ninguém que entende; não há ninguém que busque a Deus”.

A escuridão é um símbolo bíblico para a ignorância e o homem, em sua condição natural, é ignorante das coisas do Espírito Santo de Deus. O Senhor Jesus disse: “Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”, João 3:3.

Qual é a extensão da influência de Satanás?
” … todo o mundo está no maligno (o mundo jaz no maligno)” (1 João 5:19).
A maioria das pessoas acha que o mundo é relativamente bom ou, pelo menos, neutro às influências do Maligno. Mas, a Bíblia revela que Satanás é o deus desta era e, hoje em dia, este é o seu mundo. Tragicamente, esse engano de Satanás é tão difundido que poucos percebem a extensão da aceitação dessa desinformação e conhecimento distorcido.

A mente do pecador é a fortaleza de Satanás, através da qual ele planeja manter o pecador em sua possessão. Enquanto Satanás tiver a mente do pecador, também terá sua alma. A mente humana tem que ser tomada por Deus. O raciocínio do homem bloqueia sua salvação, porque se opõe à verdade de Deus. O pecador tem que se arrepender, isto é; tem que mudar de opinião a respeito do pecado e de como ser salvo dele. Seu raciocínio natural sobre o pecado e a salvação é errado e tem que ser destruído se quiser ser salvo.

Por que as pecadores, nesta terra ainda estão perdidos?
É porque o Evangelho está escondido para eles. Não entendem nem apreciam o Evangelho de um Cristo crucificado e ressuscitado: “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto” 2Cor4.3. O pecador está num estado de trevas, mas podemos oferecer-lhe a Luz. Fomos comissionados para ir aos gentios, “para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles a remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em Cristo”, Atos 26:18.

Em 2 Cor. 10:4 o Apóstolo Paulo diz que suas armas não são carnais, mas sim “poderosas em Deus, para destruição das fortalezas”. É isto o que significa “Destruindo os conselhos (raciocínios), e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo”.

Paulo não empregava métodos mundanos nem carnais em seu ministério. Nem usava truques psicológicos. Ele pregava o que sabia ser ofensivo ao homem natural e dependia do Espírito de Deus para fazer o pecador mudar sua mente, entender o Evangelho e crer nele.
Para nós que somos salvos, vimos a necessidade um dia de se arrepender e crer, que é exatamente a mesma mensagem que Jesus falou quando Ele começou Seu ministério terreno (Marcos 1:15). A principal razão que nós viemos a conhecer a Cristo foi pela obra do Espírito de Deus que nos fez conscientes de nossos pecados (Rm 7) e a necessidade de ser perdoado, mas primeiro tivemos de nos humilhar diante de Deus:

“E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.” [Ezequiel 36:26-27].
Uma maneira de saber se alguém está cego espiritualmente é se eles zombam de Deus (Isaías 37:23), zombam da ideia da existência de um deus (2 Pedro 3: 3; Jude 1:18), declaram que não existe nenhum Deus (Salmo 14: 1), rejeitam o verdadeiro Filho de Deus (João 3: 36b; João 12:48). Para permanecerem cegos, praticam “as obras da carne [que] são evidentes: imoralidade sexual, impureza, sensualidade, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, raiva, rivalidades, dissensões, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas, mas Paulo escreve: como já antes vos preveni, os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (Gl 5: 19-21).

1 Coríntios 2:14 diz: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele é loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
Este tipo de homem é o homem natural, um homem normal, os prazeres da carne não dão espaço para que Deus trabalhe em sua vida, geralmente são vulgares, praticam sexo casual, são viciados em qualquer coisa que lhes dão prazer, mentem, roubam praticam adultério e não temem a Deus. Esse tipo de homem não tem salvação, nasce do pecado e morre no pecado. Só terá a salvação se for transformado pelo Espirito Santo.

O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque são loucura para ele. A sua vida é controlada pelo “EU”. Cristo está fora de sua vida porque ele o rejeita; seus interesses egoístas, geralmente, só causam discórdias e frustrações. Assim é a vida do homem natural. Ele vive para si mesmo e para o que lhe interessa, alienado de tudo que se chama Deus.
Mas, o homem espiritual, tem a mente de Cristo. Ele é controlado por Cristo, que vive no centro de sua vida. O EU do homem espiritual não é anulado, mas não está mais no controle. Seus interesses são controlados agora por Cristo e resultam em harmonia com o plano de Deus expresso na Palavra de Deus, a Bíblia.

Bob Spurgeon




7.16.2018

[ CHEGOU MAIS UMA CARTA DO IRMÃO PAULO PARA VOCÊS! LEIAM ATÉ O FINAL]



Graça e paz meus irmãos!

Gostaria de lembrá-los que não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus. Pois a lei do Espírito de Deus, que nos trouxe vida por estarmos unidos com Cristo Jesus, livrou você e eu da lei do pecado e da morte. Deus fez o que a lei não pôde fazer porque a natureza humana era fraca. Deus condenou o pecado na natureza humana, enviando o seu próprio Filho, que veio na forma da nossa natureza pecaminosa a fim de acabar com o pecado. Deus fez isso para que as ordens justas da lei pudessem ser completamente cumpridas por nós, que vivemos de acordo com o Espírito de Deus e não de acordo com a natureza humana!

As pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza. Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a sua mente controlada pelo Espírito. As pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana acabarão morrendo espiritualmente, mas as que têm a mente controlada pelo Espírito de Deus terão a vida eterna e a paz. Por isso as pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana se tornam inimigas de Deus, pois não obedecem à lei de Deus e, de fato, não podem obedecer a ela. As pessoas que vivem de acordo com a sua natureza humana não podem agradar a Deus!

Vocês, porém, não vivem como manda a natureza humana, mas como o Espírito de Deus quer, se é que o Espírito de Deus vive realmente em vocês. Quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a ele. Mas, se Cristo vive em vocês, então, embora o corpo de vocês vá morrer por causa do pecado, o Espírito de Deus é vida para vocês porque vocês foram aceitos por Deus. Se em vocês vive o Espírito daquele que ressuscitou Jesus, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dará também vida ao corpo mortal de vocês, por meio do seu Espírito, que vive em vocês.

Portanto, meus irmãos, nós temos uma obrigação, que é a de não vivermos de acordo com a nossa natureza humana. Porque, se vocês viverem de acordo com a natureza humana, vocês morrerão espiritualmente, mas, se pelo Espírito de Deus vocês matarem as suas ações pecaminosas, vocês viverão espiritualmente. Pois aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque o Espírito que vocês receberam de Deus não torna vocês escravos e não faz com que tenham medo. Pelo contrário, o Espírito torna vocês filhos de Deus; e pelo poder do Espírito dizemos com fervor a Deus: “Pai, meu Pai!” O Espírito de Deus se une com o nosso espírito para afirmar que somos filhos de Deus. Nós somos seus filhos, e por isso receberemos as bênçãos que ele guarda para o seu povo, e também receberemos com Cristo aquilo que Deus tem guardado para ele. Porque, se tomamos parte nos sofrimentos de Cristo, também tomaremos parte na sua glória.

Eu penso que o que sofremos durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glória que nos será revelada no futuro. O Universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são. Pois o Universo se tornou inútil, não pela sua própria vontade, mas porque Deus quis que fosse assim. Porém existe esta esperança: Um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que até agora o Universo todo geme e sofre como uma mulher que está em trabalho de parto. E não somente o Universo, mas nós, que temos o Espírito Santo como o primeiro presente que recebemos de Deus, nós também gememos dentro de nós mesmos enquanto esperamos que Deus faça com que sejamos seus filhos e nos liberte completamente. Pois foi por meio da esperança que fomos salvos. Mas, se já estamos vendo aquilo que esperamos, então isso não é mais uma esperança. Pois quem é que fica esperando por alguma coisa que está vendo? Porém, se estamos esperando alguma coisa que ainda não podemos ver, então esperamos com paciência.

Assim também o Espírito de Deus vem nos ajudar na nossa fraqueza. Pois não sabemos como devemos orar, mas o Espírito de Deus, com gemidos que não podem ser explicados por palavras, pede a Deus em nosso favor. E Deus, que vê o que está dentro do coração, sabe qual é o pensamento do Espírito. Porque o Espírito pede em favor do povo de Deus e pede de acordo com a vontade de Deus. Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano. Porque aqueles que já tinham sido escolhidos por Deus ele também separou a fim de se tornarem parecidos com o seu Filho. Ele fez isso para que o Filho fosse o primeiro entre muitos irmãos. Assim Deus chamou os que havia separado. Não somente os chamou, mas também os aceitou; e não somente os aceitou, mas também repartiu a sua glória com eles.

Diante de tudo isso, o que mais podemos dizer? Se Deus está do nosso lado, quem poderá nos vencer? Ninguém! Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas? Quem acusará aqueles que Deus escolheu? Ninguém! Porque o próprio Deus declara que eles não são culpados. Será que alguém poderá condená-los? Ninguém! Pois foi Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem foi ressuscitado e está à direita de Deus. E ele pede a Deus em favor de nós. Então quem pode nos separar do amor de Cristo? Serão os sofrimentos, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte? Como dizem as Escrituras Sagradas:

“Por causa de ti estamos em perigo de morte o dia inteiro; somos tratados como ovelhas que vão para o matadouro.”

Em todas essas situações temos a vitória completa por meio daquele que nos amou. Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor!!!

Paulo




A IGREJA ESTÁ EM PERIGO


A IGREJA ESTÁ EM PERIGO
Texto:

"Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entres estes se encontram os eu penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzida de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles" (II Timóteo 3. 1-9).  

INTRODUÇÃO:
 A igreja cristã está em perigo, e isso já há mais de 2000 anos. Paulo diz-nos neste texto que "nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis" para a igreja. Dentro desse período dos "últimos dias" haverá "tempos" (épocas) de diferentes tipos; mas à medida que os "tempos" se aproximarem do fim, se tornarão "difíceis". Esse termo significa perigosos, complicados, brutais.
Sem dúvida, essas características começaram a manifestar-se no tempo de Paulo e, hoje, estão mais intensas. Não se trata apenas de haver mais pessoas no mundo, ou de os noticiários poderem dar maior cobertura. Não. Ao que parece, o mal está mais profundo e ativo e vai sendo aceito e promovido na sociedade com ousadia cada vez maior e dentro da igreja.
Não se trata de algumas concentrações de rebelião aqui e ali. A sociedade toda parece agitada e rebelde. Por certo, vivemos em "tempos difíceis".  
Muitas vezes nós atribuímos essa passagem bíblica profética para o mundo incrédulo logo antes da volta de Jesus. Totalmente errado isso não está, mas na verdade II Timóteo se trata do perigo de falsos mestres na própria igreja. Paulo disse a Timóteo que ele deve evitar essas pessoas – e isso já naquela época. No entendimento do apóstolo os "últimos dias" tiveram início com a primeira vinda de Jesus.
Saibamos: o Senhor nosso deus guarda seus santos. No entanto, devemos ter cuidado e sobriedade – os apóstolos sempre repetiam isso, constantemente. Para não erramos, para conseguirmos isso, precisamos olhar para Jesus "o Autor e Consumador da fé" (Hebreus 12.2).
Repito: um cristão fiel não deve ter qualquer relacionamento com as pessoas que Paulo descreve nessa seção. É interessante observarmos as palavras de Paulo : ele diz que essas pessoas atuam à guisa da religião "tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder" (v. 5). São "religiosos", mas são rebeldes! Pelo menos dezoito características são relacionadas aqui, e é provável que Paulo tenha incluído outras.

Senão vejamos, detalhadamente:
1     - Paulo diz que "sobrevirão tempos difíceis".
Notemos aqui o tempo futuro do verbo. Paulo descrevia a sua própria época, algo que para ele ainda era futuro. Além disso, porém, há aqui um genuíno elemento profético. A heresia do gnosticismo – que é um conjunto de correntes filosófico-religiosas sincréticas que chegaram a mimetizar-se com o Cristianismo nos primeiros séculos de nossa era – era quase insignificante quando contrastada com as heresias futura, que surgirão imediatamente antes da segunda vinda de Cristo. Haverá uma apostasia de proporções gigantescas, quando o próprio Satanás será adorado, por intermédio do anticristo. O décimo terceiro capítulo de Apocalipse descreve-a com riqueza de detalhes.
2     - Paulo diz que os "homens serão egoístas".
No grego "philautos - philautos - , que literalmente é traduzido como "amantes de si mesmos". Não se trata do amor-próprio, mas de amar indevidamente, tal como o amor às possessões materiais. Portanto, trata-se de um mal, de um vício.
3 – Paulo fala de "avarentos".
No grego, "philarguros"philarguros - , que significa "amantes da prata", isto é, "amantes do dinheiro". O "amor ao dinheiro" é uma forma de "avareza", a qual, por sua vez, é uma forma de idolatria. O indivíduo faz do seu próprio "eu" o seu deus. E o cobiçoso tem como seu deus o dinheiro, às possessões materiais. O amor ao próprio "eu" e o amor ao dinheiro servem de substituições ao amor de Deus, fazendo o próprio "eu" o centro do seu universos e isso é idolatria.
4     - Paulo fala de "jactanciosos".
No grego, "alazon"alazon - , que significa presunçosos, arrogantes.
5     – Também ele fala de "arrogantes"
No grego o termo é "aparephanos"aparephanos - , que significa altivos, orgulhosos. Sua forma verbal significa "brilhar" mais que algo, mostrar-se conspícuo, isto é, notável, homens que através do louvor próprio, desconsiderando a outros, supostamente, seriam menos importantes do que eles mesmos.
6     – Fala de "blasfemadores".
No grego "blasphemos"blasphemos , aquele que profere palavras abusivas e degradantes. Os gnósticos diminuía a pessoa de Cristo e a doutrina cristã, a fim de exporem suas doutrinas, por conseguinte, eram indivíduos blasfemos, mesmo que assim não tencionassem ser.
7     – Fala de "desobedientes aos pais".
A falta de amor aos pais além de total desconsideração para com a sua autoridade, é próprio do paganismo; mas igualmente, caracteriza aqueles que repelem a autoridade de Deus, na apostasia.
8     – Fala também de "ingratos".
No grego "acharistos"acharistos - , isto é, sem gratidão nenhuma, os quais nunca são agradecidos. Esse pecado  também é atribuído aos pagãos, em Romanos 1.21.
9     - Paulo também fala de "irreverentes".
No grego, "anosios"anosios - , que quer dizer sem santidade, ou seja, iníquos, sem restrição na maldade praticada.
10  - Fala também de "desafeiçoados".
No grego, "astorgos"astorgos - , isto é, sem afeição natural, palavra usada somente aqui em Romanos 1.21, onde o apóstolo descreve os pagãos apóstatas.
11  – Paulo também fala de "implacáveis
No grego "aspondos"aspondos - , que significa irreconciliáveis. Trata-se da forma primitiva de libação, algo oferecido aos deuses.
12  – Ele também fala de "caluniadores"
No grego, "diabolos"diabolôs - , um dos títulos dado a satanás, que destaca seu caráter de caluniador. São pessoas que procuram prejudicar a seus semelhantes com palavras cortantes, que normalmente envolvem o exagero nas informações,, distorcem a verdade até ao ponto da mentira desavergonhada. Tais pessoas não somente  entram em choque com os seus semelhantes, mas também amam propagar as dissensões, lançando uns contra os outros. Queremos acabar com uma igreja local? Muito simples: é só dar 'asas' e espaço aos caluniadores e o estrago estará feito...
13  – Paulo fala de homens "sem domínio próprio". 
No grego, "akratos"  - akratos, que significa sem autocontrole, inclinado para a autoindulgência. O resultado final é um "escravo" das paixões e concupiscências, um homem "viciado" em muitas práticas daninhas. E ao ser confrontado, fica bravo, a ponto que matar quem assim o estar confrontando, é mole!...
14 – Também fala de "inimigos do bem".
Na forma grega a única palavra que temos é "aphilagathos"aphilagathos - , que significa aqueles que não têm amor natural pelo que é bom.
15  - Também fala de "traidores".
No grego, "prodotes"prodetes - , que significa exatamente isso, traidores, traiçoeiros. Esta palavra se encontra no Novo Testamento por três vezes, aqui em Lucas 6.16 e Atos 7.52.
16  – Paulo fala de "atrevidos". 
No grego, "propetes"propetes - , palavra usada somente aqui em Atos 19.36 e que se refere a uma pessoa "ousada". Esse atrevimento pode ser nas palavras e nas ações. São pessoas "ousadas" quando se entregam a maldades, visto quer estão debaixo da influência d paixões descontroladas.
17  – Paulo também fala de "enfatuados".
No grego, "tetuphomenostetuphomenos - , e aqui está em foco o hedonismo, isto é, a filosofia que procura no prazer a finalidade da vida. Há indivíduos que se deixam dominar por essa filosofia, mesmo que não o façam em seu credo, mas fazendo como prática de vida diária. 
18 – Ele também fala dos "amigos dos prazeres que amigos de Deus".
Homens capazes de qualquer sacrifício para obter qualquer prazer fugidio, mas nada dão a fim de honrarem ao Deus eterno. É o amor ao próprio "eu", que muitíssimos humanos têm, removendo-os para longe de deus e do trono da vida, com desastrosos resultados para eles mesmos. Esquecem-se os tais que Deus é o "summum bonum", a fonte originária de toda a vida.
Saibamos de uma coisa e nos conscientizemos disso:
O Cristianismo hoje está sob ameaças. Não de inimigos externos: a pior sedução vem de dentro da igreja. Hoje encaramos a pior crise da Cristianismo desde a Reforma Protestante do Século XVI. As fissuras e polarizações atravessam igrejas, comunidades e até famílias. Isso se reflete num abaixamento de nível do lençol freático espiritual.
Cristãos sem fé genuína são um perigo ainda muito maior do que poderosos perseguidores dos cristãos. Assim, em seu discurso de despedida em Mileto, Paulo já alertava aos líderes da igreja em Éfeso:
"Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto, vigiai, lembrando-vos que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um". (Atos 2.29-31).

E no final do capítulo 20 de Atos, foram registradas palavras de grande emoção, em meio a um grande pranto que ocorreu entre todos os discípulos presentes, quando Paulo orou com eles.  E diz-nos texto:
"Tendo dito estas coisas, ajoelhando-se, orou com todos eles. Então, houve grande pranto entre todos, e, abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam, entristecidos espacialmente pelas palavras que ele dissera: que não mais veriam o seu rosto. E acompanharam-nos até ao navio". (Atos 20.36-38).
Tudo isso é dramático. Também na igreja cresce o desregramento. As boas ordenanças são questionadas. Quem vive segundo a Palavra de Deus é cada vez mais marginalizado e tachado de radical, nada flexível.. Sim, as boas ordenanças de Deus são dissolvidas e questionadas. Alguns agora afirmam: Jesus mesmo disse que não se deveria separar o joio do trigo no campo (Mateus 13.29-30). Mas, meus amados, isso Jesus falou do mundo, não da igreja (Mateus 13.38). O campo é o mundo, então que ali tudo cresça até o julgamento. Na igreja é diferente, aqui no meio do seu povo, Jesus Cristo quer fidelidade e obediência à sua palavra! Não nos esqueçamos disso, jamais!
É fácil entender como aquele jovem colaborar de Paulo, chamado Timóteo, andava atemorizado: como ele seria mensageiro em tais circunstâncias? Não é diferente de nós quando enfrentamos a multidão de crentes descrentes e escarnecedores. Timóteo tinha  saúde muito frágil, com problemas para se alimentar. Paulo entçã9o quer encorajá-lo: "Tu, porém, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus" (II Timóteo 2.1).     
Há uma necessidade de uma conversão total, primeiro em nós, e depois também na proclamação, segundo por meio de nós.  Não precisamos de palestrazinhas piedosas e melosas, mas de um apaixonado chamado a conversão em nossas igrejas locais.

Todos nós temos o coração em trevas, obstinados e desanimado – desencaminhado por tantas maldades e seduções. O profeta Jeremias diz: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" (Jeremias 17.9).    
Por isso Paulo explica a Timóteo aquilo que hoje é tão perigoso: "Saiba disso" (II Timóteo 3.1). Paulo deseja que Timóteo – e nós também – que seja forte, rijo e resistente.

Há algumas perguntas que não querem calar...
Está correta a minha posição adotada na igreja da qual faço parte? Sou coerente com a imagem de Deus? Ou vivo marcado pelo tempo maligno e distorcido, contando vantagens com frases arrogantes sem cobertura de atitudes convincentes?
Ah, meus amados, somos uma igreja fantástica, de forte crescimento e cheia de gente simpática: orgulhosa , atrevida, dura e convencida, cuspindo sobre os outros. É grave o que falamos por aí em nossos círculos de amizades. É grave quando traímos e rebaixamos o nosso próximo. Antes, deveríamos desculpá-lo, falar bem dele e levar tudo a bom termo.
Examinamos, hoje, detalhadamente, alguns tipos de pessoas que Paulo enumera que aconteceriam "nos últimos dias".  É a Palavra que assim diz... Quantos desses conflitos transcorrem em nossas igrejas: desobedientes aos pais, ingratidão, e infâmia, mas também falta de amor, de sentimentos e de coração. O texto também fala de impiedade. Esses sã9o hoje títulos honoríficos em nossa sociedade. Nada mais é sagrado. Muitas famílias desmoronam...
E então vêm descrições de toda espécie, que podemos confirmar no meio em que vivemos. Irreconciliáveis. Disso resulta aquele terrível isolamento, porque isso destrói pontes! Caluniadores. Como é fácil nosso lábios articularem palavras maldosas sobre outrem! Sem domínio próprio. Brutais, cruéis, selvagens, inimigos do bem. Significa ausência de amor pelo bem, pela virtude, pela humanidade. Traidores, precipitados, soberbos. Arrogantes, orgulhos desmedidos. Em lugar do amor de Deus, busca-se satisfazer nosso próprio prazer.
Por isso Paulo adverte a Timóteo contra um cristianismo meramente externo, sem nada por trás. Como é que nós cristãos queremos ser cristãos ser e examinar segundo o juízo de Deus?

Finalmente, meus amados, a Palavra de Deus liberta. A Palavra de Deus assegura às pessoas que por meio de Jesus seremos  transformados e renovados. Podemos assumir um compromisso de igreja fiel e crente, mas sem romper com o pecado e com o amor próprio, se não experimentarmos o poder do sangue de Jesus na cruz e o seu perdão, nada mudará em nossa piedade.
Que estas palavras encontrem guarida em nossos corações e que o Senhor Deus nos fortifique "na graça que está em Cristo Jesus".
Que assim seja.


Pr. Barbosa Neto
Fortaleza – CE


 

7.11.2018

UMA CARTA PARA VOCÊS MEUS IRMÃOS EM CRISTO!

Eu peço a vocês que vivam de uma maneira que esteja de acordo com o que Deus quis quando chamou vocês. Sejam sempre humildes, bem-educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá. Há um só corpo, e um só Espírito, e uma só esperança, para a qual Deus chamou vocês. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. E há somente um Deus e Pai de todos, que é o Senhor de todos, que age por meio de todos e está em todos.

Portanto, em nome do Senhor eu digo e insisto no seguinte: não vivam mais como os pagãos, pois os pensamentos deles não têm valor, e a mente deles está na escuridão. Eles não têm parte na vida que Deus dá porque são completamente ignorantes e teimosos. Eles perderam toda a vergonha e se entregaram totalmente aos vícios; eles não têm nenhum controle e fazem todo tipo de coisas indecentes.

Mas não foi essa a maneira de viver que vocês aprenderam como seguidores de Cristo. Com certeza vocês ouviram falar dele e, como seus seguidores, aprenderam a verdade que está em Jesus. Portanto, abandonem a velha natureza de vocês, que fazia com que vocês vivessem uma vida de pecados e que estava sendo destruída pelos seus desejos enganosos. É preciso que o coração e a mente de vocês sejam completamente renovados. Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus, que é parecida com a sua própria natureza e que se mostra na vida verdadeira, a qual é correta e dedicada a ele.
Por isso não mintam mais. Que cada um diga a verdade para o seu irmão na fé, pois todos nós somos membros do corpo de Cristo! Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem e não fiquem o dia inteiro com raiva. Não deem ao diabo oportunidade para tentar vocês.
Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem. E não façam com que o Espírito Santo de Deus fique triste. Pois o Espírito é a marca de propriedade de Deus colocada em vocês, a qual é a garantia de que chegará o dia em que Deus os libertará.
Abandonem toda amargura, todo ódio e toda raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades! Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês. Vocês são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele. Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus!
Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês. Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês. Pelo contrário, digam palavras de gratidão a Deus. Fiquem certos disto: jamais receberá uma parte no Reino de Cristo e de Deus qualquer pessoa que seja imoral, indecente ou cobiçosa.

Não deixem que ninguém engane vocês com conversas tolas, pois é por causa dessas coisas que o castigo de Deus cairá sobre os que não obedecem a Ele. Portanto, não tenham nada a ver com esse tipo de gente. Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz, pois a luz produz uma grande colheita de todo tipo de bondade, honestidade e verdade.

Procurem descobrir quais são as coisas que agradam o Senhor. Não participem das coisas sem valor que os outros fazem, coisas que pertencem à escuridão. Pelo contrário, tragam todas essas coisas para a luz. Pois é vergonhoso até falar sobre o que essas pessoas fazem em segredo. E, quando qualquer coisa é trazida para a luz, então a sua verdadeira natureza é revelada.
Prestem atenção na sua maneira de viver. Não vivam como os ignorantes, mas como os sábios. Os dias em que vivemos são maus; por isso aproveitem bem todas as oportunidades que vocês têm. Não ajam como pessoas sem juízo, mas procurem entender o que o Senhor quer que vocês façam.
Não se embriaguem, pois a bebida levará vocês à desgraça; mas encham-se do Espírito de Deus.
Animem uns aos outros com salmos, hinos e canções espirituais. Cantem, de todo o coração, hinos e salmos ao Senhor. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo, agradeçam sempre todas as coisas a Deus, o Pai.

Que Deus, o Pai, e o Senhor Jesus Cristo deem a todos os irmãos paz e amor, com fé! E que a graça de Deus esteja com todos os que amam o nosso Senhor Jesus Cristo com um amor que não tem fim!

Apóstolo Paulo




3.12.2018

A QUESTÃO DO DÍZIMO

O DÍZIMO É VÁLIDO PARA OS DIAS ATUAIS?

“O Novo Testamento olha para a contribuição regular e proporcional como sendo uma expressão de amor e gratidão ao Senhor, para o sustento da Casa de Deus. No NT não há obrigatoriedade, é verdade, mas também não há suspensão do dízimo. Paulo fala da necessidade de contribuirmos de maneira generosa, proporcional, constante, regular e de acordo com a prosperidade de cada um. Embora não citado expressamente em 2Coríntios8, o dízimo se encaixa perfeitamente nessa passagem.”

Augustus Nicodemus Lopes

Todavia, assim como vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio de contribuir. Não lhes estou dando uma ordem, mas quero verificar a sinceridade do amor de vocês, comparando-o com a dedicação dos outros. Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos. Este é meu conselho: convém que vocês contribuam, já que desde o ano passado vocês foram os primeiros, não somente a contribuir, mas também a propor esse plano. Agora, completem a obra, para que a forte disposição de realizá-la seja igualada pelo zelo em concluí-la, de acordo com os bens que vocês possuem. Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem. Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês.
2 Coríntios 8:7-14

No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.
1 Coríntios 16:2

“Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho.”
1 Co 9.11,13,14

“O Senhor Jesus também disse que devemos “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21), o que significa que, assim como há uma fatia do nosso orçamento (proporcional aos nossos ganhos) que pertence ao GOVERNO – que é uma figura de quem recolhe os nossos impostos (Imposto de Renda/INSS/etc) – assim também temos uma fatia orçamentária (proporcional aos nossos ganhos) que pertence a Deus: os nossos dízimos. Muitos se perguntam sobre qual valor eles devem calcular os seus dízimos. Números 18.27 diz que os dízimos dos grãos se contavam depois que estavam limpos na eira, e o dízimo da vinha depois que as uvas haviam sido espremidas no lagar. Isto fala do ganho líquido, e digo que isto deve se aplicar a quem tem o seu negócio próprio. Ninguém deve dizimar sobre o faturamento, e sim sobre os lucros, sobre os ganhos. Quanto ao trabalhador assalariado, recomendamos que ele dizime sobre a renda bruta do seu holerite, uma vez que a maior parte das deduções são benefícios (ganhos indiretos), e os impostos são despesas pessoais, como qualquer outro gasto da casa que não deduzimos ao fazermos esta conta. No que tange à venda de bens, ensinamos que os dízimos devem ser entregues sobre o lucro da negociação”.

Luciano Subirá

Outro ponto é que devemos fazer distinção entre lei cerimonial e lei moral. A lei cerimonial ficou circunscrita ao Velho Testamento. Refere-se a costumes próprios do povo de Israel, sobre alimentação, etc. Não temos nenhuma obrigação, hoje, para com essa lei. Há, porém, a lei moral. Esta permanece. Os dez mandamentos, por exemplo. Faziam parte da lei, mas permanecem até hoje, porque são princípios eternos, estabelecidos por Deus para as relações humanas. Assim também acontece com o dízimo. Ele pertence à lei moral de propriedade. O princípio de que Deus é o dono de tudo permanece, e com ele o nosso reconhecimento dessa propriedade, expressa através do dízimo!
Ainda, convém lembrar que nosso Senhor declarou que se a nossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entraremos no reino dos céus (Mt. 5:17). Neste caso, Jesus está colocando para nós um padrão mais alto que o dos fariseus. Estaria ele omitindo a prática do dízimo, parte integrante da justiça do fariseu? De modo nenhum.

Paulo, em I Coríntios 9, declara que o princípio do sustento do ministério na dispensação da graça é o mesmo que o da dispensação da lei. Paulo está discutindo aqui o seu direito de sustento por parte das igrejas. Fala do dever das igrejas de sustentarem seus obreiros, usando várias figuras para ilustrá-lo, entre elas a do boi que debulha. Pergunto em seguinte: "Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais"? I Cor. 9:11. Em I Coríntios 9:13 usa o apóstolo a ilustração do templo e do serviço dos levitas no altar, dizendo que eles tiravam do altar o seu sustento. Qual era esse sustento? O dízimo, não há dúvida nenhuma. Vem agora a conclusão do apóstolo, em que estabelece o princípio paralelo nas duas dispensações: "Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho." I Cor. 9:14. Note a palavra "assim". Quer dizer que do mesmo modo como eram sustentados os sacerdotes, assim devem ser sustentados os ministros do evangelho, isto é, com os dízimos entregues pelo povo de Deus.

Você acha 10% um sacrifício muito grande pra você?

Tomemos o caso da viúva pobre. Ela não deu um dízimo, mas dez dízimos - deu tudo, 100%. Mc. 12:11-44.

Zaqueu, depois de convertido se dispôs a dar metade dos seus bens aos pobres, portanto, cinco dízimos, 50% Lc. 19:8.

Os crentes da igreja em Jerusalém ofereceram tudo quanto tinham. At. 2:44-45; 4:32-37.

Os crentes da Macedônia deram com sacrifício, muito acima das suas possibilidades, a ponto de surpreenderem o apóstolo por sua liberalidade. II Cor. 8:1-5.

Os coríntios foram convidados a contribuir "conforme a sua prosperidade" em I Cor. 16:2. Isso não poderia significar, em hipótese alguma, menos do que o dízimo.

Pra lacrar: Jesus era dizimista!

Pedimos ao leitor que também examine cuidadosamente Hebreus 7:1-10. O autor está provando, nessa carta, a superioridade de Cristo sobre a velha dispensação, e aqui, de modo particular, sobre o sacerdócio judaico. Refere-se a Melquisedeque e ao dízimo que Abraão lhe pagou, acrescentando que esse Melquisedeque era figura de Cristo. Sendo Melquisedeque figura de Cristo, quando Abraão lhe deu o dízimo, estava dando-o, em figura, ao próprio Cristo. Se o crente Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, tipo de Cristo, os crentes hoje devem dá-lo ainda àquele que é sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque. O pensamento do versículo 8 pode ser assim parafraseado: "Enquanto no sistema mosaico recebem dízimos homens que morrem, isto é, os sacerdotes, na dispensação da graça, tipificada por Melquisedeque e Abraão, recebe dízimos aquele de quem se testifica que vive para sempre, Jesus Cristo." Jesus, pois, recebe dízimos até hoje dos crentes fiéis, através da igreja que ele instituiu e incumbiu da propagação do evangelho.

Cristo não quis obrigar seus seguidores a serem dizimistas, mas preferiu confiar no amor liberal deles. Estaremos merecendo essa confiança?

Walter Kaschel

O que podemos dizer sobre os dízimos com base nesse texto? Creio que é justo dizer que ambos sacerdócios carregam consigo a função da coleta dos dízimos. O sacerdócio superior de Melquisedeque também coletava dízimos. Os dízimos pertencem aos dois sacerdócios e não são uma lei da aliança mosaica apenas. Existe continuidade e descontinuidade nas alianças de Deus. Algumas continuidades são: A guarda do sábado ou dia de descanso continuou no domingo; a circuncisão continuou no batismo; a páscoa continuou na santa ceia, etc. O meu entendimento, então, é que a obrigação do dízimo continua, ainda que no Novo Testamento ela tenha uma roupagem nova: as contribuições voluntárias feitas com alegria; o auxílio aos pobres/necessitados; o usar os nossos bens com a consciência de que eles pertencem a Deus; o bom sustento dos obreiros do reino, enfim. Parece-me que o dízimo é só uma espécie de mínimo, é o que se fazia debaixo da lei. Na lei do Espírito, os cristãos são livremente levados a fazer muito mais pelo Reino, para a glória de Deus, pois a Nova Aliança é superior à antiga.

João Paulo Thomaz de Aquino

Aprendemos que a oferta voluntária:

1. É um ato desejável por Deus (“aroma suave”). Nesse sentido, é um privilégio poder contribuir, poder fazer algo que é desejável por Deus.
2. É um ato aceitável por Deus (“sacrifício aceitável”). Não podemos, portanto, dizer que ofertas não sejam aceitas por Deus, pois Paulo nos ensina o contrário.
3. É um ato agradável a Deus (“aprazível”). O texto diz que ela é aprazível, ou seja, traz prazer a Deus.
4. É um ato direcionado a Deus. Se vamos contribuir com outro propósito em mente: prosperidade, barganha com Deus, para agradar o cônjuge, para agradar o pastor, ou líder de ministério, ou até para termos mais orgulho da denominação, tudo isso foge ao propósito principal: a oferta correta é direcionada a Deus e somente a Ele. Nesse sentido é que acompanha o dízimo como um ato de gratidão e de louvor. Devemos estar constantemente pesquisando os nossos motivos nas nossas ofertas.

Podemos desse registro, extrair as seguintes lições:

A. Deus se agrada das ofertas. Isso fazia parte da liturgia e não há qualquer palavra de condenação à prática. Faz parte, portanto, de nossos deveres, pois Jesus aprovou a oferta da viúva.
B. A evidência do amor, não é a quantidade dada, mas a quantidade comparada com as nossas posses. Deus requer de nós o mínimo, mas é apropriado até darmos tudo o que temos a Ele.
C. Deus não despreza a oferta humilde.Não existe pessoa, portanto, que não possa, dessa forma, mostrar o seu amor a Deus, pois 10% para o rico é o mesmo que 10% para o pobre.

Solano Portela