3.26.2015

Onde está Deus???




Como posso saber que Deus existe mesmo?

Não existe nação ou tribo nesta Terra que não creia num Deus, num espírito ou num ser superior a eles. Isto também é válido para as tribos mais isoladas da mata que nunca tiveram contato com outra cultura e muito menos com o evangelho. Como se explica isso? Nós todos temos a capacidade intelectual de deduzir a partir das obras maravilhosas da criação visível a existência de um criador invisível. Ninguém acredita que um carro, um relógio, um botão ou um clips de papel simplesmente acontecem. Por isso, o apóstolo Paulo escreve no Novo Testamento: »Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis« (Rm 1,20). A criação no entanto só nos fala que existe um Deus e podemos chegar à conclusões sobre o seu poder e sua abundância de ideias, mas não sobre a sua natureza essencial (por exemplo seu amor, vida, misericórdia, bondade). Para isso nos foi dada a Bíblia.

Onde está Deus?

Conforme a nossa imaginação humana nós tentamos localizar Deus no espaço. Por isso, achamos informações semelhantes sobre Deus tanto nos conceitos pagãos da Antiguidade quanto no neopaganismo. Os gregos acreditavam que os deuses habitavam o monte Olimpo e os germanos localizavam-nos em Walhalla. O cientista de matemática e astrônomo francês Pierre S. M. Laplace (1749-1827) opinou: »Eu procurei o universo inteiro, mas em lugar nenhum encontrei Deus.« Cosmonautas soviéticos comentam de forma semelhante: »Durante o meu voo não encontrei Deus« (Nicolajew, 1962 a bordo da Wostok III).

À luz da Bíblia, todas estas afirmações são fundamentalmente erradas porque Deus está além das nossas dimensões. Ele, que criou o espaço, não pode ser parte do mesmo. Muito mais, Ele penetra cada posição do espaço, Ele é onipresente. Isto, o apóstolo Paulo explica aos atenienses pagãos no Areópago: »Porque nele (Deus) vivemos, e nos movemos, e existimos » (At 17,28). O salmista também sabe que isso é realidade quando confessa: »Cercas o meu andar, e o meu deitar; me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão. » (Sl 139,3+5). Aqui também se mostra que Deus rodeia e penetra tudo completamente. A Bíblia descreve esta realidade quando diz: »Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter« (I Rs 8, 27).


Como pode Deus permitir tanto sofrimento nesta terra?

Antes da queda do homem, não havia morte nem sofrimento, não havia dor nem nada que nos causasse tanta ansiedade hoje me dia. Deus tinha criado tudo de tal maneira que o homem podia viver sob condições ideais. Por sua própria vontade o homem escolheu caminhos que o afastaram de Deus. É inexplicável porque Deus nos cedeu um campo de liberdade tão amplo. No entanto, constatamos que quem se afasta de Deus acaba na miséria. Esta experiência amarga fazemos até o dia de hoje. Algumas pessoas tendem a atribuir a culpa a Deus. Mas, deveríamos lembrar que o causador não é Deus mas sim o homem.

Se apagarmos a luz do carro quando dirigimos na auto estrada à noite e daí tivermos um acidente, não podemos atribuir a culpa ao construtor do carro. Ele equipou o carro com tudo necessário para a iluminação e se nós a desligarmos o problema é todo nosso. »Deus é luz« (1Jo 1,5). Se nós formos para a escuridão do afastamento de Deus, não podemos culpar o criador, que nos criou para estarmos perto Dele.

Deus é e continua a ser o Deus do amor, porque Ele fez o inconcebível: Ele deu o seu próprio filho para nos resgatar da situação causada por nós mesmos. Jesus fala de si próprio em João 15,13: »Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Existe amor maior?« Nunca se consumou obra maior em favor do homem que aquela que ocorreu no Gólgota: a cruz é a culminação do amor divino.


Werner Gitt