ANIQUILACIONISMO
- INTRODUÇÃO
Morte eterna é uma contradição de termos. Pois se é morte (fim) como pode ser infindável?
Quando a Bíblia cita esse termo, temos que entender que ela está falando de morte definitiva, isto é, sem ressurreição perpétua, sem novo corpo (glorificado), sem continuidade em uma nova terra.
Para muitos pastores, a morte eterna = danação, castigo, tormento eterno.
Entretanto creio que morte eterna = morte definitiva.
A oferta da imortalidade, ou seja, vida eterna oferecida por Deus, por graça, através de seu filho Jesus, significa a ressurreição e uma nova vida no céu, paraíso, nova Jerusalém. Seremos salvos da morte por aquele que venceu a morte.
O contrário da imortalidade é a mortalidade. Todo aquele cujo nome não for achado inscrito no Livro da Vida, morrerá (para sempre), isto é “morte eterna”, morte para sempre.
O inferno então é figurado? Não existe?
Existe sim. O inferno é a prisão criada por Deus para o diabo (a serpente do Éden, o dragão, Satanás), a cadeia para os anjos rebeldes (caídos/demônios), e onde serão também aprisionados a besta (o anticristo) e o falso profeta...
E claro, todos aqueles que cuspirem na cruz. Todo pecador, orgulhoso de seu pecado, conforme listas citadas na Bíblia.
Todos sofrerão as penas pelos seus crimes, pra depois então, serem extirpados, destruídos, para todo o sempre, por que Deus é fogo consumidor!
Ele é soberano, é o “oleiro”. Criou vasos para si, e criou vasos também que infelizmente serão descartados, pois não prestam (todo que não se arrepender). Esses vasos de desonra serão destruídos, lançados fora.
João 11:25-26
25Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra (morte física), viverá;
26e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?"
Isto é, quem não crê nele, morrerá eternamente. Tal pessoa deixará de existir. E esse é o assunto desse estudo!
O que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna (Galátas 6.8), mas o salário do pecado, a recompensa do erro, não é a morte física, mas a morte eterna (Rm 6.23) conforme lemos em Ezequiel 18.20: a alma que pecar, morrerá!
Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna (Jo 5.24). Essa é a promessa de Salmos 49.9, para que essas pessoas continuem a viver perpetuamente, e não morram.
Romanos 8:6 diz que o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.
O que é a vida, senão a continuidade da existência? O que é a morte, senão o fim dela?
João 8.52 diz que aquele que guardar essa Palavra não verá a morte (eterna). Em Apocalipse 2.10 a coroa da vida é prometida aos que forem fiéis até o fim.
Quanto aos ímpios, o Salmo 9.5 diz que estes serão destruídos para todo o sempre, e Deus lhes apagarás o nome. Jó 4.20 afirma que serão destruídos e então perecem para sempre.
- DANAÇÃO ETERNA?
Vamos falar de um castigo sem fim, proclamado pela grande maioria das igrejas.
Será que Deus, sendo AMOR e JUSTIÇA, cheio de GRAÇA e MISERICÓRDIA, condenaria ao inferno (no caso, a tortura sem fim pregada por quase todos os pastores), alguém que tenha pecado por 5, 10 ou 100 anos que sejam?
É absurdamente desproporcional torturar alguém nas chamas por mais do que trilhões ou octalhões de anos (muito mais, pois a eternidade não se pode contar) por algo (por mais terrível que seja) sem piedade e de forma cruel (a tal vingança de Deus).
PERGUNTA: Faz sentido um castigo, uma penalidade altamente desproporcional ao crime?
Se nós humanos, que somos maus, condenamos um homicídio ou crime hediondo a no máximo 40 ou 100 anos (prisão perpétua), ou ainda, como em alguns estados norte-americanos, à pena de morte, isto significa portanto o fim do sofrimento do criminoso ao fim de sua própria vida, seguido de sua morte.
Algum ser humano, se pudesse, manteria alguém vivo pela eternidade, para ser torturado infinitamente? Seria muita crueldade certo? Seria um comportamento sádico e perverso. E nosso Deus não é assim, pois ele é a essência do amor: “E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas” 1 João 1:5-10.
Agora imagine Deus, sendo o Pai da Justiça Amor e Misericórdia agindo assim...
Não faz sentido não é mesmo?
Não é razoável que os ímpios paguem pelos seus crimes na “prisão de Deus” (inferno) por um tempo (dor proporcional ao que fizeram a outrem, numa espécie de “purgatório”), e depois sejam destruídos, deixem de existir?
Que sejam sim exterminados (ou aniquilados), o que, seria após o juízo final, sentença e “cumprimento da pena”, uma segunda morte mesmo (pena de morte eterna):
Apocalipse 20.14: E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte!
Resumindo, o inferno seria a separação total e eterna de Deus, o que é péssimo (não herdar a vida eterna), mas o inverso disso seria o fim da existência.
Alguns irmãos entendem que não podemos (quem somos nós) para questionar os justos juízos de Deus, como por exemplo, além da danação eterna e desproporcional relatada aqui, a questão da terrível interpretação calvinista de que Deus elegeu alguns para o inferno.
Outros acham melhor respondermos com um contundente “NÃO SABEMOS” como Deus age e por que Ele quis assim, pois não podemos entender a mente de Deus, sendo meros mortais.
Basta aceitarmos como é, e ponto final.
Mas se Deus nos deu uma cabeça pensante, por que não, em lugar de sermos resignados, usarmos nossa Fé aliada à nossa razão?
- VERSÍCULOS SOBRE PENA PROPORCIONAL NA BÍBLIA:
Mt 5:25 Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.
Mt 5:26 Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.
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Lc 12:46 Virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.
Lc 12:47 E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites;
Lc 12:48 Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.
O nome disso que estamos falando é ANIQUILACIONISMO, e defendemos que os perdidos no inferno serão exterminados, após terem pago a pena por seus pecados.
Um dos argumentos se baseia no simbolismo usado pela Bíblia para descrever o inferno. Dizemos que o fogo consome o que é lançado nele, e assim será com o lago de fogo (Ap 19.20; 20.10, 14, 15; 21.8) — ele queimará completamente os perversos de maneira que eles não mais existirão. Temos muitos textos nas Escrituras, que falam do perdido perecendo ou sendo destruído!
João Batista advertiu: “Ele tem na mão a pá, limpará sua eira e recolherá o trigo ao celeiro. As palhas, porém, serão queimadas num fogo inextinguível” (Mt 3, 12).
- O fogo é inextinguível, as palhas não.
Haverá um juízo final, no qual o trigo será guardado e o joio será queimado: “No tempo da colheita, direi aos ceifadores: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o trigo no meu celeiro’.” (cf. Mt 13, 24-30).
Existe inclusive uma discussão quanto ao significado da palavra ‘eterno’ nas passagens que tratam do inferno, que poderia querer passar a ideia de “na era vindoura” e não “perpétuo”.
No Novo Testamento, eterno significa “perene”, e o contexto determina quanto dura esse tempo. E a era vindoura dentro desse entendimento, nada mais é do que uma “eternidade sem Deus”.
Há ainda um ponto a refletir, a distinção entre tempo e eternidade. Nós, aniquilacionistas perguntamos: como é justo que Deus puna pecadores pela eternidade quando seus crimes foram cometidos no tempo?
A própria descrição de Jesus do inferno, na parábola do homem rico e de Lázaro, como um “lugar de tormento” (Lc 16.28) envolvendo a expressão de estar “atormentado na chama” e “não poder sair dali”, pode significar um tempo a ser cumprido nesse local, e não necessariamente, uma eternidade...
Mesmo os versos de Apocalipse 14:10 e 11, podem ser interpretados como um tormento temporal e proporcional, e não um tormento para todo o sempre, mas sim, “a fumaça do seu tormento”, de quem ali foi consumido pelas chamas do inferno: “Não terão repouso nem de dia nem de noite” até que cumpram a pena, para depois serem destruídos pelo fogo, que a Bíblia chama de segunda morte:
¹⁰ Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
¹¹ E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome (a marca da besta).
Quando Paulo descreve o destino dos perdidos como sofrer “penalidade de eterna destruição” (2Ts 1.8) fica claro, que essa destruição é definitiva, afinal, como pode alguém ser “destruído aos poucos” perpetuamente?
Em Apocalipse 19.20 vemos o relato de uma prisão que vai durar a princípio, mil anos, para Satanás:
“E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo”.
Apocalipse 20.7 diz: “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra
Ap. 20.10 diz que o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta (a trindade satânica); e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.
Agora, sim, pela eternidade. Mas para os três personagens acima mencionados. E não para toda a humanidade não-eleita. Por que para os ímpios, a pena seria maior? Teria mais de mil anos e sem intevalo? Será?
- O HOMEM É UM INTRUSO NO INFERNO
Jesus disse em Mt 25.41 que o inferno foi preparado para o diabo e o seus anjos (a terça parte que se rebelou, e tornaram-se portando, demônios). A Bíblia diz que Deus não tem prazer na morte do ímpio e não quer que nenhum se perca (Ez 33.11).
Não chegamos ao ponto de sermos Universalistas (grupos que acreditam que todos serão salvos), pois não é o que as Escrituras dizem. O que questionamos é a mortalidade ou imortalidade da alma do ímpio. Eles crêem que no fim das contas, Deus salvará todos os seres humanos, pois o Senhor e seu povo, nunca desfrutariam do êxtase do céu se sequer uma alma permanecesse no inferno, principalmente a de entes queridos.
- A ALMA NÃO MORRE?
No original hebraico e grego, a alma morre (Ezequiel 18:4), perece (Mateus 10:28), é destruída (Ezequiel 22:27), não é poupada da morte (Salmos 78:50), é completamente eliminada (Êxodo 31:14), desce à cova na morte (Jó 33:22), é devorada (Ezequiel 22:25), pode ser assassinada (Números 35:11) e exterminada (Atos 3:23). Então não, nossa alma (por enquanto) NÃO é imortal!
Paulo deixou muito claro que Deus por ora, é “o único que possui a imortalidade” (1Timóteo 6:16) e a dará a quem vencer:
..o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A ele sejam honra e poder para sempre. Amém.
Biblicamente a esperança do cristão é a ressurreição dos mortos, para um corpo glorificado, em uma nova terra. Nossa imortalidade será dessa forma (1Cor15.53-54).
- UM PROBLEMA DE INTERPRETAÇÃO
Quando lemos em Daniel 12.2 que muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno, será que essa vergonha eterna não significa ficar de fora do Reino de Deus? E será que esse horror eterno não seria a SEPARAÇÃO eterna de Deus somente?
Não negamos a existência do INFERNO. Ele existe e será um lugar de condenação (Mt 5.22/Mt 10.28/Mt 23.33). Mas essa condenação será infindável?
Como responder então MATEUS 25.46 quando o próprio JESUS cita Daniel 12.2?:
“E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna” ?
Mais uma vez entendemos como CASTIGO ETERNO, a separação total e definitiva da presença de DEUS. A segunda morte. O fim da existência, após o grande julgamento (juízo final) e cumprimento da pena.
E você? Acredita que o perverso sofrerá tormento sem fim no lago de fogo, ou somente ficará de fora da Cidade Santa, a Nova Jerusalém, pagando pelo seu crime, até que enfim seja exterminado?
Independente do inferno ser um lugar real de danação eterna ou castigo temporário, todos os que confiam em Jesus, em sua morte e ressurreição, para livrá-los desse destino horrível, terão parte na Árvore da Vida e na Cidade Santa de Deus.
Concluindo, o que pretende-se é VIVER eternamente com nosso CRIADOR. Para quem for absolvido no grande dia, essa questão não faz diferença. Serve apenas para debatermos teologia e interpretação da revelação de Deus, aqui, na Terra.
- COMPLEMENTO: OS ANIQUILACIONISTAS TEM BASE BÍBLICA?
A resposta é um enorme SIM! A Bíblia nos oferece uma ampla linguagem de aniquilação dos ímpios, seja pela primeira ou segunda morte:
A Bíblia nos diz que os ímpios serão eliminados (cf. Provérbios 2:22; Salmos 37:9; Salmos 37:22; Salmos 104:35; Isaías 29:18-20), destruídos (cf. 2Pedro 2:3; 2Pedro 2:12,13; Tiago 4:12; Mateus 10:28; 2Pedro 3:7; Deuteronômio 7:10; Filipenses 1:28; Romanos 9:22; Salmos 145:20; Gálatas 6:8; 1Coríntios 3:16,17; 1Tessalonicenses 5:3; 2Pedro 2:1; Salmos 145:20; Salmos 94:23; Provérbios 1:29; 1Tessalonicenses 5:3; Jó 4:9; Salmos 1:4-6; Salmos 73:17-20; Salmos 92:6,7; Salmos 94:23; Provérbios 24:21,22; Isaías 1:28; Isaías 16:4,5; Isaías 33:1; Lucas 9:25; Gálatas 6:8; 1Tessalonicenses 1:8,9), arrancados (cf. Provérbios 2:22), mortos (cf. João 8:24; Joaõ 11:28; João 6:47-51; Isaías 65:15; Romanos 6:23; Isaías 11:4; Provérbios 11:19; Salmos 34:21; Romanos 8:13; Salmos 62:3; Provérbios 15:10; Tiago 1:15; Romanos 8:13; Provérbios 19:16; Isaías 66:16; Jeremias 12:3; Romanos 1:32; Ezequiel 18:21; Ezequiel 18:23,24; Ezequiel 18:16,28; 2Coríntios 7:10; Romanos 6:16; 2Coríntios 3:6; Hebreus 6:1), exterminados (cf. Salmos 37:9; Marcos 12:5-9; Atos 3:23), executados (cf. Lucas 19:14,27), serão devorados (cf. Apocalipse 20:9; Jó 20:26-29; Isaías 29:5,6; Salmos 21:9), se farão em cinzas (cf. 2Pedro 2:6; Isaías 5:23,24; Malaquias 4:3), não terão futuro (cf. Salmos 37:38; Provérbios 24:20), perderão a vida (cf. Lucas 9:24), serão consumidos (cf. Sofonias 1:18; Lucas 17:27-29; Isaías 47:14; Salmos 21:9; Jó 20:26-29; Apocalipse 20:9; Isaías 26:11; Naum 1:10; Sl.21:9; Lc.17:27-29), perecerão (cf. Jo.10:28; Jo.3:16; Sl.37:20; Jó 4:9; Isaías 66:17; Salmos 37:20; Salmos 68:2; Salmos 73:27; Atos 13:40,41; Isaías 1:28; Isaías 41:11,12; 1Coríntios 1:18; Romanos 2:12; 2Coríntios 4:3; 2Coríntios 2:15,16; Lucas 13:2,3; Lucas 13:4,5; 2Tessalonicenses 2:10), serão despedaçados (cf. Lucas 20:17,18; Mateus 21:44; 1Samuel 2:10), virarão estrado para os pés dos justos (cf. Atos 2:34,35), desvanecerão como fumaça (cf. Salmos 37:20; Salmos 68:2; Isaías 5:24), terão um fim repentino (cf. Sofonias 1:18; Provérbios 24:21,22; Isaías 29:5,6; 1Tessalonicenses 5:3; Isaías 29:18-20; 2Pedro 2:1), serão como a palha que o vento leva (cf. Salmos 1:4-6; Isaías 5:24; Isaías 29:5,6), serão como a palha para ser pisada pelos que vencerem (cf. Malaquias 1:1,3; Mateus 5:13; Hebreus 10:12,13), serão reduzidos ao pó (cf. Salmos 9:17; Isaías 5:24; Isaías 29:5,6; Lucas 20:17,18; Mateus 21:44; 2Pedro 2:6), desaparecerão (cf. Salmos 73:17-20; Isaías 16:4,5; Isaías 29:18-20), deixarão de existir (cf. Salmos 104:35), serão apagados (cf. Provérbios 24:20), serão reduzidos a nada (cf. Isaías 41:11,12; 1Coríntios 2:6), serão como se nunca tivessem existido (cf. Obadias 1:16), serão evaporados (cf. Oséias 13:3), será lhes tirada a vida (cf. Provérbios 22:23; João 12:25), e não mais existirão (cf. Salmos 104:35; Provérbios 10:25). Portanto, NÃO serão atormentados eternamente!
- Alegar que Deus mandaria queimar literalmente entre as chamas de um lago de fogo e enxofre durante toda a eternidade como um processo infindável alguém que pecou durante algumas décadas, é inconsistente com a moral divina apresentada nas Escrituras. O princípio básico é o de que Deus é um “justo juiz” (2Timóteo 4:8). Se até um juiz ímpio não seria capaz de determinar um tormento infinito por pecados finitos, quanto menos Deus, que é o ápice da justiça. Se até alguém que odeia o próximo não seria capaz de atormentá-lo para sempre com fogo e enxofre, quanto menos Deus, que ama até o pior dos pecadores. Se até alguém que não tem um mínimo de misericórdia não seria capaz de condenar um rapaz de 12 anos, por exemplo, a um lago que arde com fogo e enxofre durante blocos intermináveis de bilhões e bilhões de anos, quanto menos o autor da justiça que é descrito como sendo “cheio de compaixão e misericórdia” (Tiago 5:11), pois “a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tiago 2:13).
Ricardo Miranda
- BANZOLI, Lucas. “A Lenda da Imortalidade da Alma”